Myrciaria Phitrantha Branca

FOTO: ADHEMAR GOMES

JABUTICABA BRANCA

Descrição
JABUTICABA BRANCA (Myrciaria aureana); quando madura, é de cor amarelo-esverdeada. É uma espécie rara, endêmica da região da Mata Atlântica e que, infelizmente, está ameaçada de extinção. É uma fruta tipicamente brasileira, contém vitaminas, fibras e sais minerais.  É uma pequena árvore que atinge no máximo de 3 a 5 metros de altura, e só ocorre em uma pequena faixa da Mata Atlântica, no Rio de Janeiro, e nos vales da Serra da Mantiqueira, tanto em São Paulo quanto em Minas Gerais.
Sua fruta é rica em vitaminas do complexo B, vitamina C, ferro, fósforo e cálcio. Antigamente era utilizada no tratamento de asma e tuberculose, sendo a água obtida da fervura de suas folhas e frutos utilizada em gargarejos por seresteiros.
Também conhecida pelo seu nome indígena, ibatinga, que significa “fruta branca”, ou também por jabuticaba-verde e jabuticabatinga.
Por ser verde mesmo quando está madura é conhecida como a jabuticaba que nunca amadurece; possui polpa macia, aquosa e adocicada. A melhor forma de saber se o fruto está apto para ser consumido é observando sua superfície. Se a casca estiver levemente aveludada, ela pode ser colhida sem receio. Pode ser consumida ao natural ou utilizada em geleias, licores, tortas, vinhos, doces e sorvetes. (Este texto acima se credita a pesquisadora Paula Louredo, Graduada em Biologia).
Coube ao estudioso João Rodrigues de Mattos o privilégio de esclarecer muitas dúvidas a respeito da mesma e descrevê-la botanicamente. Em 1962, ele estudou uma jabuticabeira nos pomares da ESALQ com uma placa de identificação onde se lia “nome científico: Gomidesia reticulata - nome popular: jaboticaba branca”. Descobriu que correspondia exatamente à espécie colhida por Auguste Glaziou, em Sete Pontes e Barreto (hoje Niterói) e rebatizada de Myrciaria phitrantha por não se tratar de uma eugênia.
Finalmente, em 1976, Mattos descreveu uma jabuticabeira bem semelhante à anterior, só que de porte menor e de folhas mais estreitas e um tanto mais curtas. Os frutos por ele observados eram sempre verdes (ou brancos), mesmo quando completamente maduros. O material estudado foi colhido em 1963 por Áurea Bordo, funcionária do Instituto de Botânica. Em homenagem à coletora, criou o epíteto de Myrciaria aureana, hoje reconhecida como a “verdadeira jabuticaba-branca”.
A origem da jabuticaba-branca por muitos anos permaneceu um mistério. Mattos informou que era de “procedência ignorada, cultivada em São Paulo”. Foi somente em 2007, graças aos esforços de Harri Lorenzi (Instituto Plantarum) e colaboradores, que se soube que M. aureana é uma planta muito rara na Mata Atlântica, encontrada ao longo do Rio Doce e na Zona da Mata mineira.

Texto: http://mudasdefrutiferas.com.br

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