Longana

Longana

     Longana é uma fruta tropical originária da Índia, sendo espécie afim da lichia, uma vez que também pertence à família Sapindaceae.
    Essa fruta está bastante dispersa nas regiões tropicais e produz extensivamente em vários países asiáticos, como a China e a Tailândia.
    A planta, quando adulta, tem a aparência da lichia na forma de copa e no porte elevado. O início de produção é também tardio, ou seja, depois dos 4 anos, mesmo quando a planta é enxertada. Similar à lichia, a longana floresce, geralmente, entre agosto e setembro, e sua produção ocorre entre dezembro e janeiro mas temos observado na atualidade, que a longana tem apresentado produção até meados do mês de abril, quando cultivada no Estado de São Paulo.
    Dependendo das condições climáticas e da adubação, a planta mostra-se bastante irregular em produção de ano para ano. As variedades tailandesas Bieo Khieo, Do e Si Chomphu são bastante comercializadas na Ásia.       No Brasil, a variedade Kohala foi lançada pela Universidade Estadual de São Paulo (UNESP), devido a sua excelente produção e qualidade da fruta

    Os problemas e os métodos de propagação são muito semelhantes ao da lichia. As folhas são também compostas, mas com apenas 2 a 3 pares de folíolos. Igualmente à lichia, a inflorescência é uma panícula terminal, produzindo cachos na periferia da copa. As flores apresentam-se masculinas e femininas, também distribuídas em toda panícula. As plantas apresentam elevada auto-incompatibilidade na polinização, necessitando de um número abundante de insetos polinizadores para uma aceitável polinização cruzada e rendimento. As plantas de “pés-francos” (originada de semente) apresentam grande variabilidade no rendimento, na forma e na coloração das frutas.

    As frutas são de forma arredondada a ovóide com cerca de 2,5 cm de diâmetro, casca lisa de coloração amarela-cinza, pouco atrativa e muito semelhante à pitomba (Talisia esculenta Radlk.), fruta encontrada no Nordeste brasileiro. A polpa ou arilo é também translúcida, porém menos sucosa e saborosa que a lichia. A semente da longana possui coloração marrom-escura e brilhosa com comprimento variando de 7 a 9 mm. Na França, a longana é comumente chamada de “fruta do olho de dragão” devido ao formato e à coloração de suas sementes. A fruta é muito rica em cálcio e fósforo.
    Quando se fala sobre frutas raras, é comum alguém indagar se elas têm potencial de adaptação e de cultivo na região a ser introduzida. Portanto, é importante comentar sobre as principais exigências dessas fruteiras, quanto ao solo, clima e manejo, nas condições do Cerrado.

Solo, clima e manejo

    A longana são fruteiras que exigem e se adaptam muito bem em solos ácidos típicos do Cerrado. No entanto, solos sílico-argilosos profundos, bem drenados e com boa fertilidade, são mais exigidos por essas fruteiras.
     A longana requer clima tropical. As noites mais frias e o período seco de maio a agosto são fatores climáticos limitantes para a longana. Em plantio de sequeiro, a longana exige precipitações anuais por volta de 1500 mm, desde que sejam bem distribuídas. Portanto, o uso da irrigação é indispensável para o crescimento e produção aceitáveis dessas duas frutas, principalmente durante o período seco.
    O plantio dessas fruteiras deve ser feito durante o período chuvoso (outubro a fevereiro), em covas com dimensões de 60 x 60 x 60 cm. Atualmente, o espaçamento recomendado é o de 10 x 10 m (100 plantas/ha).         Porém, com o uso de podas de formação o adensamento de plantio pode ser reduzido, elevando a densidade para 250 plantas por hectare (espaçamento de 8 x 5 m).
    A adubação de plantio e crescimento da planta deve ser planejada com base nas análises de solo. Na fase adulta e produtiva, a adubação baseia-se não somente nas análises de solo, mas também nas análises de tecidos de folhas e na extração de nutrientes pelos frutos produzidos. A planta de longana, quando adultas, respondem muito bem às adubações organo-minerais, preparadas com a mistura de esterco curtido, macro e micronutrientes, desde que bem parceladas ao longo do período chuvoso. Atualmente, com o advento da fertirrigação, o parcelamento de macronutrientes como o nitrogênio e o potássio, permite melhor produção e qualidade das frutas.

Referências: https://sites.google.com/site/longanadobrasil

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